Geração Z: O "Quiet Quitting" não é Preguiça (É um Erro no Seu Estilo de Gestão)
Eles questionam tudo, pedem feedback constante e não aceitam "porque sim". Descubra por que a liderança tradicional falha com a Gen Z e como ajustar sua abordagem para engajar os nascidos digitais.
"Eles não querem trabalhar"
Se eu ganhasse um real para cada vez que ouço um líder sênior reclamar que a Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) é "preguiçosa", "frágil" ou "viciada em feedback", eu estaria rico.
Mas existe um padrão interessante: enquanto alguns líderes sofrem com turnover altíssimo e Quiet Quitting (fazer apenas o mínimo necessário), outros estão conseguindo extrair uma produtividade absurda desses mesmos jovens.
O segredo? Os líderes de sucesso pararam de tentar "consertar" a geração e começaram a adaptar a liderança.
O Fim do "Comando e Controle"
Para um Boomer ou Gen X, o chefe manda e a gente obedece porque precisa do salário. Para a Gen Z, autoridade não vem do cargo; vem da lógica e do propósito.
Se você tenta liderar um jovem talento apenas na base da hierarquia ("Faça porque eu mandei"), você perdeu. Eles não pedem demissão gritando; eles apenas se desconectam mentalmente e respondem "beleza" no Slack enquanto procuram outro emprego.
Os 3 Perfis da Gen Z (e o erro comum em cada um)
Em vez de rotular, vamos diagnosticar. Geralmente, o jovem do seu time está em um destes três estados, e você provavelmente está usando o remédio errado:
1. O Iniciante Ansioso (Quer mostrar serviço, mas não sabe como)
Ele acabou de entrar. Está pilhado, quer mudar o mundo no primeiro dia.
O Erro do Líder: "Vou dar autonomia para ele se sentir dono".
A Consequência: Ele trava. A Gen Z tem pavor de errar publicamente. Dar "espaço" demais para quem não tem competência técnica gera ansiedade, não liberdade.
O que ele precisa: Roteiro. Passo a passo. Segurança psicológica.
2. O Desiludido (O tal do "Quiet Quitter")
Ele já sabe fazer o trabalho (tem competência), mas percebeu que o "glamour" da vaga não existe. A motivação caiu.
O Erro do Líder: Microgerenciamento ou Cobrança de Horário.
A Consequência: Ele faz o mínimo absoluto. Se você aperta, ele sai.
O que ele precisa: Venda do "Porquê". Ele precisa entender como aquela tarefa chata conecta com o propósito maior ou com a carreira dele. Ele precisa de Coaching, não de ordens.
3. O Questionador Habilidoso (Entrega muito, mas desafia tudo)
É o talento que entrega o código rápido, mas questiona a arquitetura, questiona o prazo, questiona a reunião.
O Erro do Líder: "Baixa a bola, eu sou o chefe".
A Consequência: Você mata a inovação. Ele vai para uma startup onde será ouvido.
O que ele precisa: Parceria. Trate-o como sócio do problema. Dê o problema e saia da frente.
Como Parar de Adivinhar?
O problema é que esses estados mudam. O "Iniciante Ansioso" de hoje pode virar o "Questionador Habilidoso" mês que vem. Se você continuar tratando ele como estagiário, ele vai embora.
Você não tem tempo para ser psicólogo de cada membro do time. É por isso que criamos o Axis360. A ferramenta faz a leitura desse cenário (Competência x Motivação) e te diz: "Hoje, com o Pedro, aja como Treinador. Com a Júlia, aja como Apoiador."
A Geração Z não é impossível de liderar. Ela só não aceita liderança amadora.
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